Com o intuito de otimizar a performance do atleta, o
treinamento eficiente se faz necessário. A sobrecarga progressiva é o alicerce
para um treinamento ser bem sucedido. De acordo com a síndrome de adaptação
geral, o stress causa uma diminuição temporária na função seguida de uma adaptação
que melhora a função. Existe uma interrelação entre a carga máxima de treino
("fisiológica") e a síndrome de sobretreino ("antifisiológica").
Os efeitos do stress físico do atleta submetido ao treinamento são expressados
em alterações fisiológicas e bioquímicas e sinais psicológicos quando os sistemas
funcionais do organismo se tornam fadigados e a homeostáse interna em desequilíbrio.
Diferentes tipos de treinamento podem afetar diferentes sistemas funcionais. Por
esse motivo é necessário monitorar vários sistemas para aperfeiçoar o processo
de recuperação. O tempo necessário para o restabelecimento da homeostáse
diferirá dependendo dos sistemas envolvidos (órgãos/ sistemas [muscular,
hepático, etc.], função [ sistema nevosos simpática e parassimpático, imunológico
etc.])e a extensão da carga envolvida (modo/intensidade/volume/freqüência) É um
problema complexo definir o momento da recuperação ou ponto da supercompensação
máxima pelo simples fato de que alguns sistemas podem já se encontrar num estágio
de destreinamento enquanto que outros se encontram ainda na fase de recuperação. A
forma para testar a carga funcional deve ser tanto quanto possível específica
para os quais o atleta se exercita e compete. Os testes e coleta de dados devem
ser realizados em determinada hora do dia. A situação ideal é realizar os testes
no final do período da fase regenerativa. Se a recuperação for incompleta no final
deste período, o técnico junto com o atleta são informados de que aquela supercompensação
está incompleta e que o treino no mesociclo subseqüente deve ser alterado para
permitir tempo de recuperação. Além destes fatores ligados diretamente ao
treinamento, diferenças individuais, tais como, bioritmo e estilo de vida servem
para quebrar a efetividade do desenvolvimento do plano, porém, é importante ter
um plano a partir do qual as modificações possam ser feitas, se necessárias. O
técnico e o atleta devem estar preparados para adaptar o plano de treinamento
de acordo com as alterações no progresso do atleta. Na elaboração do
protocolo é fundamental a participação do técnico para definir entre os parâmetros,
quais os marcadores biológicos considerados de relevância. Segundo periodização
do treinamento qual o melhor momento que devem ser realizados Parâmetros
cineantropométricos e funcional (peso, massa magra, massa celular água intra celular,
cicunferência corporal, prega cutânea corporal) Parâmetros
fisiológicos (FC basal, de repouso, exercício e recuperação, metabolismo basal,
pressão sangüínea, sintomas relacionados à performance, fadiga periférica e central) Parâmetros
imunológicos ( susceptibilidade a infecções, leucócitos, linfócitos, etc.) Parâmetros
bioquímicos (metabolismo glicídico, lipídico, protéico, hormonal). Colaborador
da Web Swimming: Dr. MARCUS F. BERNHOEFT (Diretor do Depta.
Médico da CBDA) Email: bernhoef@antares.com.br |