O ato de nadar pode ser considerado uma das qualidade
físicas que podem ter ajudado o homem na sua luta evolutiva, como uma forte capacidade
adptativa o homem pode ter aprendido através de observação de outra espécie ou
por dificuldades expostas pelo fenômenos naturais, mas ação de autopropulsão e
auto-sustentação na água é uma das atividade mais inata do homem, e como exercício
é um dos mais completos da atualidade, a ponto de exercer o simples divertimento
ou a prática desportiva, pode ser utilizada como finalidade terapêutica na recuperação
de atrofias musculares devido a ausência das forças gravitacionais diretas. A
natação é popular desde a Grécia e Roma antigas, onde fazia parte do treinamento
dos soldados do império. Platão (428-7 a.C. a 348-7 a.C.) afirmava que quem não
sabia nadar não era educado. Durante muitos séculos, entretanto, a natação teve
o seu desenvolvimento prejudicado pela idéia de que ajudava a disseminar epidemias. ·
Dos Primeiros estilos até os dias de hoje somente na primeira metade do século
XIX, foi que começou a progredir como desporto, realizando-se as primeiras provas
em Londres, em 1837, onde existiam seis piscinas competitivas no mundo. Várias
competições foram organizadas nos subsequentes e em 1844 alguns nadadores norte-americanos
atuaram em Londres, vencendo todas as provas. Até então, o estilo empregado era
de uma braçada de peito, executado de lado. Mais tarde, para diminuir a resistência
da água, passou-se a levar um dos braços à frente na superfície, num estilo que
recebeu o nome de Single overarm stroke, que na época despertou o espírito de
evolução das características de estilo. Nova modificação deu lugar ao Double overarm,
em que os braços eram elevados para frente alternadamente que foi o primeiro passa
para o que conhecemos hoje com Crawl. Este estilo foi aperfeiçoado em 1893 por
um inglês chamado J. Arthur Trudgen, ao aplicar observações que tinha colhido
de nativos que habitavam a América do Sul, com isso surgia o estilo denominado
Trudgen. O movimento das pernas, porém, continuava a ser
um golpe em forma de tesoura na água, foi quando outro inglês chamado Frederick
Cavill, emigrando para a Austrália, observou que os indígenas nadavam com as pernas
agitadas no plano vertical à superfície de água. Adotou o movimento da pernada
dos nativos da Austrália com tudo o que já existia e ai nascia o estilo Crawl
australiano, com o qual o seu filho Richard, em 1900, bateu o recorde mundial
das 100 jardas (91.4 m). Mais tarde outro inglês, chamado Sidnei Cavill (também
filho de Frererick Cavill) levou o crawl para o Estados Unidos, onde aperfeiçoado
por Daniele um americana e ai surgiu o nada Crawl americano. A natação competitiva
contemporânea é praticada em quatro estilos: crawl (comumente chamado de nado
livre devido a possibilidade do competidor nadar qualquer um dos quatro estilos
existente em toda a extensão da provas), costas, peito e borboleta ou golfinho.
O nado crawl é o mais rápido. Esse estilo foi consagrado pelas vitórias dos japoneses
nos Jogos Olímpicos de 1932 em Los Angeles. No nado Crawl, o nadador se movimenta
com o abdômen voltado para baixo; a ação dos membros inferiores se faz em golpes
curtos e alternados e a dos membros superiores é também alternada, com a recuperação
dos braços fora d'água. No nado Costas, o nadador se conserva em todo o percurso
em decúbito dorsal (com o abdomem para cima) e a ação dos membros inferiores e
superiores é idêntica a o do crawl, só no sentido inverso, em virtude da situação
ao do corpo em relação a água, inicialmente a movimenta de perna também era com
golpe de tesoura. Mas, em Estocolmo 1912, o norte-americano Harry Habner venceu
sem dificuldades os 100 metros costas nos Jogos Olímpicos com a "batida de pés
crawlada", que é executada no nado até hoje. No nado de
Peito, os movimentos dos braços para frente e para trás são realizadas dentro
d'água. O corpo repousa sobre o peito e os ombros se mantém horizontalmente sobre
a água. Os pés são trazidos juntos ao corpo, com os joelhos dobrados e abertos,
continuando o movimento por uma extensão lateral e ação giratória das pernas.
O nado de Borboleta foi separado do nado peito em pela federação Internacional
de Natação Amadora (FINA), em 1952, que determinou provas isoladas para cada estilo.
Até aquele ano, constituía uma variação do estilo clássico (foi a ramificação
do nado de peito, borboleta e golfinho), com a diferença de que os braços eram
levados à frente fora ou dentro da água (Borboleta), foi idealizado em 1935, pelo
norte-americano Henry Myers. No congresso paralelo aos Jogos Olímpicos de 1952
(Helsink), a FINA permitiu um movimento simultâneo e sincronizado dos pés no plano
vertical, dando origem ao que chamamos hoje de "Golfinho", isto tudo para atender
às exigências do esporte, por isso que a natação competitiva contemporânea fixou
os quatro estilos, criou regras para cada um, organizou-se campeonatos e torneios,
sendo o mais importante os Jogos Olímpicos de quatro em quatro anos, visando com
isso testar a capacidade adptativa do homem e a sua superação. *
A História da Natação Contemporânea No âmbito mundial
a natação é contralada pela FINA (Federação Internacional Natação Amadora), fundada
em 1908, que dirige também o pólo aquático, os saltos ornamental e o nado sincronizado.
Os I Jogos Olímpicos de Era Moderna (1896) em Atenas, apresentaram uma prova de
natação, a dos 100 metros nado livre, que o húngaro Alfred Hajos venceu com o
tempo de 1'02"2. Em 1900 foi introduzida a prova de 400 metros nado livre, acrescentando-se
em 1908 as de 1500m e revezamento 4 x 100m, ambas em estilo livre, a de 100m nado
de costas e a de 200m nado de peito. Com esse programa, os Jogos foram disputados
até 1952; em 1956 porém, apareceu a prova de 200m, nado de borboleta e, em 1960,
o revezamento 4 x 100m, nos quatro estilos. A competição feminima nas Olimpíadas
data de 1912 (100m nado livre e revezamento 4 x 100m livres), aumentando o programa
feminino em 1924 (400m livre, 100m de costas, e 200m de peito), 1956 (100m borboleta)
e 1960 (revezamento 4 x 100m, nos quatro estilos). · Os
Grandes Nomes da Natação Entre os grandes nomes da natação
em todos os tempos, é possível destacar: Duke Kahanamoku (Estados Unidos), vencedor
dos 100m nado livre, nos jogos de 1912 e 1920; Jonhny Weissmuller (Estados Unidos),
campeão olimpíco dos 100m e 400m nado livre em 1924, e campeão olimpíco dos 100m
livre em 1928; Adolf Kiefer (Estados Unidos) campeão dos 100m costas, em 1936;
Arne Borg (Suécia), vencedor dos 1500m, nado livre em 1928; os japoneses vencedor
de "todas" as provas dos Jogos Olimpícos de 1932 em Los Angeles (exceto dos 400m
nado livre), e mais tarde, os australianos que dominaram os Jogos de 1956 em Melbourme,
e os nortes americanos que reconquistaram a supremacia em 1960 (Roma). Nos Jogos
Olimpícos de Tóquio em 1964, todos os recordes olímpicos, masculino e feminino,
foram superados, vários deles constituindo, também recordes mundiais. Fora da
piscina, a prova de natação mais importante é travessia do canal da mancha (devido
as dificuldade climática e termicas), realizanda pela primeira vez em 1875, pelo
ingles Matthew Webb (que foi o mais feito da época em natação, e teve repercurssão
mundial e foi o início das provas de endurância). Os recordes em 1961 eram de
10h 23min, no sentido da inglaterra para a França, obtido pelo canadense Helge
Jensen, e de 10h 50min, no sentido inverso, assinalado pelo egípcio Assan Rebin.
O brasileiro Abílio do Couto, de São Paulo, efetuou a travessia nos dois sentidos,
sendo que o seu tempo de 12h 49min, no sentido Inglaterra para a França, foi recorde
mundial em 1959. · A Natação no Brasil
A natação foi introduzida oficialmente no Brasil a 31 de julho de 1897, quando
os clubes Botofogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo fundaram, no Rio, a União de Regatas
Fluminense, mais tarde chamada Conselho Superior de Regatas e Federação Brasileira
das Sociedades de Remo. Em 1898, o clube de Natação e Regatas promoveu o I Campeonato
Brasileiro, na distância aproximada de 1.500m, entre a Fortaleza de Villegaignon
e a Praia de Santa Luzia. Essa prova repetiu-se até 1912. No ano seguinte, já
na enseada de Botafogo, a FBSR (Federação Brasileira das Sociedade de Remo) promoveu
a primeira competição; Abraão Saliture foi o campeão nos 1.500m nado livre, tendo
sido disputadas também as provas de 100m para estreantes, 600m seniores e 200m
para juniores. Em 1915, a prova de 600m passou a constituir
o Campeonato Carioca. O Campeonato Brasileiro foi patrocinado pela CBD a partir
de 1916, mas somente em 1928 ele se realizou com seis provas olimpícas da época,
sangrando-se campeões os cariocas. A primeira piscina de competição do Brasil
inaugurada no Fluminense, em 1919 dava início a uma nova era da prática da natação,
pois quatro anos mais o A.A São Paulo e o C.A Paulistano construiram suas piscinas
(todas elas olimpícas), antes disso, os cariocas nadavam na enseada de Botofogo
e os paulistas no rio Tiête. Desde 1908, quando Abraão Saliture ganhou em Montevidéu
as provas de 100m e 500m, o Brasil ocupa lugar de relevo na América do Sul, mantendo
a hegemonia até agora. Durante o primeiro Campeonato Sul-Americano
(Rio de Janeiro, 1919), os nadadores brasileiros triunfaram nas quatro provas.
Ao regularizar-se a disputa desse certame, o que se verificou em 1929, o Brasil
foi campeão Sul Americano masculino em 1941 (Vinã del Mar), 1952 (Lima), empatado
com a Argentina, em 1954 (São Paulo), 1958 (Montevidéu) e 1960 (Cali), e Campeão
feminino em 1935 (Rio), 1941, 1946 (Rio), 1947 (Buenos Aires), 1954, 1958 e 1960,
nos campeonatos disputados paralelamente aos masculinos. Nos Jogos Olimpícos,
o Brasil já teve os seguinte finalistas; 1932 - equipe dos revezamento 4 x 200m
(Isaac Morais, Manuel Vilar, Benevenuto Nunes e Manuel Silva) em 7º lugar; 1936
- Piedade Coutinho, 6º lugar; 1952 - Tetsuo Okamoto 3º lugar nos 1.500m nado livre
e 1960 - Manuel Santos 3º lugar nos 100m nado livre. Este último nadador aliás,
em 1961 foi campeão do Japão, superando os maiores velocistas do mundo em Tóquio;
pouco depois, em Osaka, percorreu a distância em 55 Seg., o melhor tempo jamais
obtido nos 100 metros, em competições até aquela época.
A 20 de setembro de 1961, na piscina do Clube de Regatas Guanabara, no Rio, Manoel
dos Santos nadou 100 metros em 53,6 segundos, estabelecendo o novo recorde mundial.
Esse tempo do nadador brasileiro permaneceu como recorde mundial cerca de três
anos, até que em 1964 o francês A. Gottvales nadou a distância em 52, 9 segundos.
Em 19 de Fevereiro de 1968, no Rio de Janeiro, o nadador José Sylvio Violo estabeleceu
o novo recorde mundial de 100 metros nado peito, com o tempo de 1'06" 4. O Brasil
se projetou ainda internacionalmente por intermédio da nadadora Maria Lenk, recordista
mundial nas provas de 400m e 200m, ambas em nado de peito em 1939. Fonte:

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