A ciência aplicada à natação em termos de pesquisa,
juntamente com a parte técnica, têm evoluído nestes últimos anos. Não existem
dúvidas e, é importante ressaltar, que a nutrição tem sido cada vez mais valorizada
sua atuação no contexto junto ao acompanhamento do atleta. A sofisticação tecnológica
na área ligada a análise da composição corporal veio contribuir muito para evolução
no acompanhamento do atleta, otimizando não só no aspecto preventivo no que diz
respeito ao sobre-treinamento ("overtraining") como otimizando também na preparação
do atleta, seja durante treinamento e período competitivo. A
seguir alguns tópicos serão colocados com intuito de auxiliar e/ou tirar dúvidas
de atletas que participam de treinamento exaustivo prolongado e de competição. HIDRATAÇÃO
PRÉ INTRA PÓS TREINO/COMPETIÇÃO O corpo humano adulto é
constituído de mais de 65% do seu peso corporal de água (dependendo da faixa etária
e estado nutricional), mais de 60% da água corporal se encontra dentro da célula.
Portanto, o déficit de água tanto no compartimento extra quanto no intra celular
é um fator de má performance. A perda de água corporal ocorre, principalmente,
através do suor. A velocidade da sudorese, depende de fatores tais como intensidade
e duração do treinamento, condições ambientais (temperatura, umidade velocidade
do vento do meio ambiente), nível de aptidão física e aclimatação ao meio ambiente.
A condutividade térmica da água, isto é, a velocidade de troca de calor entre
a temperatura do corpo do atleta e da água (piscina, mar etc) é 24 vezes maior
na água do que no ambiente fora d’água. Com isto, quando o atleta se encontra
dentro da água a temperatura do corpo se iguala a temperatura da água bem mais
rápido do que fora deste ambiente. O déficit de água corporal
ocorre primariamente no meio intra celular, célula muscular e a seguir na célula
da pele. A seguir no extra celular com diminuição do volume plasmático ( o volume
de água plasmática corresponde apenas 4% da água corporal total). O aumento da
tonicidade plasmática é devido a maior perda de água do que de eletrólitos. A
perda de água leva a consequente diminição da capacidade de perda de calor interno
(sistema termoregulador), elevando a temperatura corporal à niveis muito alto.
A consequências principais do déficit de água corporal são duas: a) diminuição
da performance aeróbica. b) aumento da temperatura corporal central predispondo
o atleta a doenças induzidas pelo calor tais como; cãibras, exaustão térmica.
Intermação (temperatura corporal central acima de 40.5 Cº ) e síncope. Colaborador
da Web Swimming: Dr. MARCUS F. BERNHOEFT (Diretor
do Depta. Médico da CBDA) Email: bernhoef@antares.com.br |