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Teoria da Adaptação

Em termos genéricos, adaptação se entende como a capacidade dos seres vivos a acostumar-se às condições do meio ambiente.

Se pode distinguir adaptação Genotípica e adaptação Fenotípica. A primeira se baseia na evolução e abrange um processo de conformação às condições do meio da população (conjunto de tipo de indivíduos) mediante transformações hereditárias e de seleção natural. A adaptação fenotípica é um processo que se desenvolve no indivíduo durante sua vida como resposta a ação de distintos fatores do meio externo. Este tipo de adaptação têm sido objeto de inúmeras investigações no ser vivo seja no campo prático como no campo científico.

O conceito "adaptação" é um denominador comum a todas as ciências onde é utilizado nas distintas áreas (fisiologia, kineologia, bioquímica, biomecânica e psicologia).

Para se definir adaptação é preciso ter em conta o que se entende como processo (durante a qual o organismo vivo se adapta a fatores dos meios interno e externo) e como resultado (o resultado do processo da adaptação).

O conceito de "adaptação" está intimamente vinculado ao de "STRESS" o qual é considerado como um estado de tensão geral do organismo que aparece sob a ação de um excitante muito forte (situações extremas). Os hormônios da cotex suprarenal estimulam mecanismos de adaptação na qual o organismo logra adaptar-se a ação excitante. As reações possíveis são de dois tipos:

1) Se o excitante é demasiado forte (Intensidade) ou se atua durante longo período (Duração), se produz uma fase final de stress-síndrome-esgotamento.

2) Se o excitante não ultrapassa as reservas de adaptação do organismo, se produz a mobilização e a distribuição dos recursos energéticos e estruturais do organismo e se ativam os processos de adaptação específica, etc.

As reações de adaptação do organismo vivo podem se dividir em reações de ação rápidas, longas, inatas e adquiridas.

As adaptações bioquímicas e fisiológicas às alterações do meio ambiente ou estímulo fisiológico caem em duas categorias baseadas na sua duração. As alterações celular, orgânica ou sistêmica, que ocorrem na mesma escala de tempo, como por exemplo, numa sessão de treinamento, é dita respostas ao exercício agudo. Por outro lado, as alterações celular, orgânica ou sistêmica, que persistem por um apreciável período como conseqüência do treinamento físico são ditas adaptações ao exercício. Uma das funções da adaptação parece ser a de minimizar o desequilíbrio da homeostáse do meio interno durante uma sessão de exercício e, este por sua vez melhora a manutenção do meio interno pelas adaptações ao exercício favorecendo a efetividade funcional no estado de repouso. Menor desequilíbrio na homeostáse interna permite ao ser vivo a suportar trabalhos físicos de longa duração à mesma carga absoluta antes de ocorrer a fadiga. Adaptações que melhorem a capacidade de trabalho do ser humano aumenta sua sobrevida.

Desde os primórdios da evolução, a especialização celular tem levado a formação de distintos órgãos e tecidos, resultando em funções específicas corporal tornando-as cada vez mais eficientes. Porém, este desenvolvimento não poderia se transformar em sucesso se não houvesse um sistema central integrado de comunicação que coordenasse os processos metabólicos nos vários tecidos do corpo durante eventos fisiológicos como por exemplo no processo da alimentação (ingesta energético-proteíco-hidrosalino) e jejum, no exercício/stress (sobrecarga e resistência), repouso/convalescença (recuperação ativo-passiva). Por exemplo, durante o exercício desencadeia-se um processo integrado entre o fígado, este aumentando a liberação de glicose até sete vezes a sua liberação basal de repouso e, o tecido adiposo (célula gordurosa), este liberando ácidos graxos não esterificados (gordura NEFA) como forma de fornecer combustível durante o exercício. Momento este, em que as necessidades de nutrientes energéticos estão elevadas. A finalidade primária desta integração metabólica, neste momento, é de proteger a integridade da homeostáse do meio interno (células nobres estruturais) responsáveis pelo processo de adaptação específica. Prevenindo o processo final de stress-síndrome-esgotamento (lesão celular).


Colaborador da Web Swimming:

Dr. MARCUS F. BERNHOEFT
(Diretor do Depta. Médico da CBDA)

Email: bernhoef@antares.com.br

 


 

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